domingo, 29 de julho de 2012

Clarice = Haia = Vida

Inspiração. Definição exata de Clarice Lispector para essa ínfima reles aprendiz de escritora.

Nascida na Ucrânia em 1920. Naturalizada brasileira em 1943. Escreveu para o mundo, digo, encantou o mundo, até a sua morte em 1977.

Haia era seu nome de batismo. Vida era seu significado. Mas foi como Clarice - nome que recebeu aqui no Brasil - que se fez referência no tempo e espaço literário.

A bacharel em Direito que nunca advogou foi jornalista com maestria. Colunista com intenso ardor de alma.

Se foi, mas deixou toda uma obra  a ser apreciada, amada, odiada e devorada.

Não se espante em ver algumas muitas frases, textos, pensamentos dessa musa inspiradora das linhas e entrelinhas no Princesa Ogra. Espero apenas que você aprecie tanto quanto eu. E, sendo assim, boa leitura e fique com Haia Clarice Lispector:

“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
       O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

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