quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Entre a Dor e o Amor



CALE-SE, CORAÇÃO!

Que tal parar de sofrer?!
Chega de gritar suas dores mal curadas.
Chega de sangrar seus medos não cicatrizados.
Que tal parar de amar?!

CALE-SE, CORAÇÃO...

Silenciosamente,
Keila Freitas

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Fazendo a Feira...

AS LARANJAS QUE ME PERDOEM MAS O QUE EU QUERO MESMO É A METADE DA MINHA MELANCIA...

Se o ditado diz que uma laranja podre pode estragar todas as outras, eu lá serei tola de escolher logo uma fruta ácida, por vezes azeda e ainda por cima com um histórico de - uma vez podre - estragar tudo a sua volta?!? Considero que relacionamentos estilo “laranja” não tendem a dar certo. No final, tudo o que sobra de nós é o B-A-G-A-Ç-O que antes fora sugado como fonte de vitaminas para o "outro". Sim, esse é o processo, fácil e claro como mamão com açúcar – ops, mamão com açúcar é assunto para outras linhas de outro texto em outro momento. Bem, a história é simples e vamos tomar (com adoçante por favor pois estou de dieta) o cantor Fábio Junior como exemplo para minha linha de raciocínio:

Fábio Junior - o cantor/galã/coroacharmoso mais cobiçado por aquelas que desejam casamentos breves e uma união cheia de emoções - e sua busca incessante por um grande amor, sua “carne e unha, alma gêmea... as metades, da laranja” e blá-blá-blá é prova viva de que é mentira o dito popular que diz que “quem canta seus males espanta”. O galã multiuso que interpretou o fotógrafo Jorge Tadeu (personagem mulherengo de Fábio Junior na novela  Pedra Sobre Pedra do autor Aguinaldo Silva) tem como um dos seus maiores sucessos a música Alma Gêmea – o refrão blá-blá-blá que cantei aí em cima. A letra da canção citada dá um nó no amor e me faz apenas ver uma paixão vazia e cheia de arestas a serem aparadas. (E me perdoem as Fabianetes de plantão mas esse é o meu olhar sobre uma música onde o cara tenta resgatar uma alegria do passado, ela por vezes fica louca e fora de si mas acaba se arrependendo e por fim arranca o mal pela raiz colocando a mão não me pergunte aonde. Enfim, na duvida é só colocar “Alma Gêmea letra” lá no Google). É fato que Fabinho (olha a intimidade) é lindo, charmoso, canta e fala de amor como poucos mas, também é um fato midiático, que ele não consegue manter-se em relacionamentos duradouros. Cantou e os males das desilusões amorosas não espantou. E vive sem sua metade da laranja. E vive esperando duas forças que se atraiam. Um sonho lindo de viver. Pelo menos até este exato momento do ano corrente.

Por isso, sigo firme na minha teoria da melancia. Uma metade grande e suculenta. Sempre doce. Essa sim, a metade perfeita para aqueles que buscam viver uma romance regado a felicidade. Regado se pensarmos que a melancia  tem em sua composição aproximadamente 90% de água. Ideal para hidratar qualquer coração seco e preencher qualquer metade vazia. E os caroços que a melancia tem? Esses dão o ar da graça nos relacionamentos. Nunca uma metade é igual a outra. O outro torna-se perfeito com sua imperfeições e, conviver com eles, torna-se uma brincadeira. Sim, uma brincadeira. Ou você vai me dizer que nunca brincou de arremessar longe as sementinhas da melancia? Você se diverte e quando se dá conta aquilo que te incomodava não incomoda mais. Tudo se torna apenas prazer e degustação da vida. Sua metade da melancia nada mais é que a parte mais apetitosa do seu dia a dia. E é isso. Pessoas não são bagaços mas produzem e se tornam bagaços enquanto querem. Está na hora de mudar de banca nas feiras, deixar de lado as xepas e procurar aquilo que tornará sua vida mais saudável. Eu encontrei minha metade da melancia, que hoje é minha metade do sofá, da cama, do edredom em noites de frio. Sem ele sou apenas metade. Com ele sou uma fruta inteirinha. E me perdoem as laranjas que passaram em minha vida mas hoje eu tenho e  prefiro a metade da minha melancia.


Keila Freitas